terça-feira, 7 de janeiro de 2014

CONHECENDO UM POUCO MAIS DA PIMENTA-DE-MACACO E DO JATOBÁ-DO-CERRADO (Grupo Teatro)

         No texto abaixo descreveremos um pouco mais das características das árvores que pretendemos utilizar em nosso projeto de teatro para EDP IV, citando um pouco das características principais da família a qual fazem partem, bem como a sua importância, como um conhecimento a mais a respeito das arvores pretendidas para fazer parte do nosso teatro.

Xylopia aromatica (PIMENTA-DE-MACACO)

          Também chamada de "pindaíba", esta árvore nativa do Cerrado pertence à família Annonaceae, ocorrendo amplamente na região.
           As Annonaceae ocorrem em praticamente todas as formações naturais do Brasil, com destaque para a Xylopia aromatica (pimenta- de- macaco) e Annona crassiflora (marolo), nos cerrados. Algumas das suas espécies, como a do marolo, servem como fonte de renda para populações locais, que vendem os frutos na beira da estrada. Outras como a fruta do conde (Annona squamosa) e a graviola (Annona muricata), originárias da América Central, mas frequentemente cultivadas no Brasil, principalmente na região nordeste, são usadas para consumo in natura ou em forma de sucos.
          Uma particularidade morfológica das Annonaceae é o fato das flores de muitas espécies se abrirem antes de terem suas partes reprodutivas completamente maduras. Com porte podendo chegar a 8 metros de altura, Xylopia aromatica costuma florar de agosto a novembro. O tronco pode ser utilizado em construções baratas e pelo fato de sua madeira ser leve e de pouca durabilidade, daí veio o termo "na pindaíba”.
          Seus frutos são utilizados pela medicina popular por acreditarem ter características estimulantes e afrodisíacas. Frutos e sementes também são utilizados moídos como condimento, especialmente para carnes, tendo aroma semelhante à pimenta-do-reino, porém mais suave. Apesar de diversas possibilidades, a espécie ainda não é tão usada comercialmente.
          Segundo o dicionário Aurélio, Pindaíba significa falta de dinheiro. Estar na pindaíba, estar sem dinheiro.

 
Jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa)

          Da família Fabaceae (Leguminoseae), é a primeira entre as mais importantes em termos de número de espécies lenhosas. As Fabaceae possui distribuição cosmopolita, incluindo cerca de 650 gêneros e aproximadamente 19000 espécies, representando uma das maiores famílias das Angiospermas, e também uma das principais do ponto de vista econômico.
          No Brasil ocorrem cerca de 200 gêneros e 2700 espécies, corresponde a maior família em número e espécie no país. Como espécies principais, destacam-se aquelas utilizadas na alimentação, como o feijão (Phaseolus vulgaris), a soja (Glucine max), o amendoim (Arachis hypogaea) o grão-de-bico ( Cicer arietinum) e o tamarindo( Tamarindus indica).
         Outra importante aplicação das Fabaceae é o seu uso na adubação verde, principalmente considerando a associação com bactérias do gênero Rhizobium, fixadoras de nitrogênio, que produzem pequenos nódulos nas raízes, principalmente das espécies reconhecidas em Faboidae. Podem ser ainda utilizadas como ornamentais, sendo a principal família utilizada na arborização urbana no Brasil, e também diversas espécies possuem madeira de excelente qualidade.
      O Jatobá-do-cerrado é uma árvore de até 10 metros de altura. Ocorre em cerrados e cerradões e mesmo sem flores pode ser encontrada através de suas folhas alternas e composta por dois folíolos.
          Possui propriedades medicinais no fortalecimento das vias respiratórias superiores e aparelho cardio-vascular. Podendo ser indicado para bronquites, tosses, coqueluches, adstringente e vermífugo.
          Botões são recobertos por vilosidade cor de ferrugem, suas flores brancas são polinizadas por morcegos. A flor do jatobá possui o aparelho feminino composto por ovário estilete e estigma e o masculino por 10 estames formados por filete e antera.
          A farinha do jatobá é utilizada em receitas de biscoitos, bolos, pães, doces e sorvetes. Na alimentação tem beneficio com análises feitas em um trabalho de formulação de biscoitos sem açúcar e fonte de fibras alimentares para diabéticos ou pessoas com restrições alimentares.
 
 
 
 
 
Grupo: Fernanda Assis Moraes ; Guidson Martins ; Luiz Gerônimo Gruppi ; Manoela Lelis Leitão

Referências:

·       Xylopia aromatica. Herbário Digital. Disponível em: http://www.pirenopolis.tur.br/meioambiente/herbariodigital/Annonaceae/Xylopia/aromatica. Acesso em 27 nov 2013.

·       OLIVEIRA, Verena Bartkowiak de. POTENCIAL DOS FRUTOS DE Xylopia aromatica (Lam.) Mart. (ANNONACEAE) NO TRATAMENTO DE ALTERAÇÕES METABÓLICAS, INDUZIDAS POR DIETA EM CAMUNDONGOS BALB/c. 2012. 135 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Pós-graduação em Ciência de Alimentos, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012.

·       Pindaíba. Dicionário do Aurélio. Disponível em: <http://www.dicionariodoaurelio.com/Pindaiba.html>. Acesso em 13 dez. 2013.

·       Pimenta-de-macaco. Disponível em: <www.google.com.br/imagens>. Acesso em 13 dez. 2013

·       SOUZA, Vinícius Castro. BOTÂNICA SISTEMÁTICA: GUIA ILUSTRADO PARA A IDENTIFICAÇÃO DE FAMÍLIAS DE FANERÓGAMAS NATIVAS E EXÓTICAS NO BRASIL, BASEADO EM APG III.

·Jatobá-do-cerrado. Terra da gente. Disponível em: <http://redeglobo.globo.com/sp/eptv/terra-da-gente/platb/?s=jatoba+do+cerrado>. Acesso em 13 dez. 2013.

"DESBRAVANDO" O CERRADO E SUA FITOFISIONOMIA (Grupo Teatro)

          Após pesquisa das espécies animais que utilizaremos no projeto de Teatro para EDP IV (http://edp4-uftm.blogspot.com.br/2013/12/projeto-de-teatro-cerrado.html), começamos agora uma busca de referenciais quanto a algumas características do Cerrado, bem como sua fitofisionomia predominante, visando maior fundamentação teórica para os conceitos abordados em nosso projeto.

          O Cerrado constitui o 2º maior bioma brasileiro, ocupando uma área de 2.036.448 km2, aproximadamente 22% do território brasileiro (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2013). Está presente desde a região sul (norte do estado do Paraná) indo até a região norte, no litoral do estado do Piauí. Considerada por muito tempo pobre, hoje sua biota é reconhecida como uma das mais ricas do mundo (IBGE, 2004) possui atualmente elevado nível de ocupação antrópica, impulsionado principalmente a partir da década de 1970 com o uso de técnicas para a expansão da agricultura, além da criação de pastagens para a agropecuária.
          Possuindo uma fitofisionomia bastante variada, ela vem sendo caracterizada por vários estudos desde o séc. XIX (MARINHO-FILHO et al., 2010). Pode-se classificar o cerrado sensu lato em:

·       Campo limpo: predomínio de gramíneas, poucos arbustos e ausência de árvores;
·       Campo sujo: predomínio de gramíneas e arbustos, com poucas árvores;
·       Cerrado sensu stricto: baixa cobertura de gramíneas e arbustos, e considerável presença de árvores;
·       Cerradão: com uma maior cobertura de árvores, além de um estrato de menor altura, ausente de gramíneas e composto por plântulas e outras ervas (MARINHO-FILHO et al., 2010);

          Com tamanha variedade e complexidade dentro dessas categorias fisionômicas, existem diversos fatores que influenciam na fisionomia das espécies vegetais do Cerrado, como o clima, a presença de fogo, a drenagem do solo, a profundidade em que as plantas conseguem obter água além da fertilidade do solo (MARINHO-FILHO et al., 2010).
          Um fator de destaque na vegetação de destaque é a presença de inúmeras espécies arbóreas com troncos retorcidos, com algumas hipóteses para essa forma. Acredita-se que essa morfologia possa ser decorrente da elevada concentração de alumínio no solo, que aumenta sua acidez, o que diminui a disponibilidade de nutrientes e interfere no desenvolvimento da planta. Outra hipótese é a ação do fogo no desenvolvimento dessas plantas, onde a queimada destruiria as gemas (regiões com células que dão origem a novos galhos) e novas se desenvolveriam em outras regiões da planta (STELLA & FIGUEIREDO, 2008).

Grupo: Fernanda Assis Moraes ; Guidson Martins ; Luiz Gerônimo Gruppi ; Manoela Lelis Leitão

REFERÊNCIAS

IBGE. 2004. Mapa de biomas do Brasil. Escala 1:5.000.000. Disponível em: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas_tematicos/mapas_murais/biomas.pdf>. Acesso em 14 dez. 2013.

MARINHO-FILHO, J.; MACHADO, R. B.; HENRIQUES, R. P. B. Evolução do conhecimento e da conservação do Cerrado brasileiro. In: DINIZ, I. R.; FILHO, J. M.; MACHADO, R. B.; CAVALCANTI, R. B. (Org.). Cerrado: conhecimento científico quantitativo como subsídio para ações de conservação. 1. Ed. Brasília: Thesaurus, 2010. cap. 1, p. 15-31.

 
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. O Bioma Cerrado. Disponível em <http://www.mma.gov.br/biomas/cerrado>. Acesso em 15 dez. 2013.

STELLA, A; FIGUEIREDO, I. Por que as árvores do cerrado são retorcidas? Revista Ciência Hoje, mar. 2008. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/revista-ch-2008/246/por-que-as-arvores-do-cerrado-sao-retorcidas/>. Acesso em 14 dez 2013.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Algumas vegetações escolhidas para o jogo:

Cada vegetação caracteriza uma camuflagem para os animais.

Cerradão: é uma formação florestal do bioma Cerrado com características esclerofilas (grande ocorrência de órgãos vegetais rijos, principalmente folhas) e xeromórficas (com características como folhas reduzidas, suculência, pilosidade densa ou com cutícula grossa que permitem conservar água e, portanto, suportar condições de seca). A altura média da camada de árvores varia de 8 a 15 metros, proporcionando condições de luminosidade que favorecem a formação de camadas de arbustivas e herbáceas diferenciadas.

http://www2.ucg.br/flash/cerrado.jpg

Mata Ciliar: acompanha os rios de médio e grande porte da região do Cerrado, em que a vegetação arbórea não forma galerias. É comum a largura em cada margem ser proporcional à do leito do rio, embora em áreas planas a largura possa ser maior. As árvores, predominantemente eretas, variam em altura de 20 a 25 metros, com alguns poucos indivíduos emergentes alcançando 30 metros ou mais. As espécies típicas são predominantemente do tipo que perdem as folhas (caducifólias), com algumas sempre-verdes, conferindo à Mata Ciliar um aspecto sem decíduo.

http://www.ciliosdoribeira.org.br/sites/default/files/mata%20preservada_IMG_0169.padrao_paisagem.jpg

Mata de Galeria: vegetação florestal que acompanha os rios de pequeno porte e córregos dos planaltos do Brasil Central, formando corredores fechados (galerias) sobre o curso de água. Quase sempre é circundada por faixas de vegetação não florestal em ambas as margens, e em geral ocorre uma transição brusca com formações savânicas e campestres. A altura média do estrato arbóreo varia entre 20 e 30 metros, apresentando uma superposição das copas, que fornecem cobertura arbórea de 70 a 95%. No seu interior a umidade relativa é alta mesmo na época mais seca do ano.

http://files.professoralexeinowatzki.webnode.com.br/200000294-a9379aa321/mata_ciliar01.jpg



Grupo: Ana Caroline Carvalho
             Bianca Elias Alves 
             Daniela Cristina dos Santos  
             Eduardo Gazola Bonadio

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Curiosidades: A lenda do Pequi

O PEQUI é uma espécia arbórea nativa do cerrado brasileiro. Possiu uma grande importância econômica reconhecida tanto pelas populações tradicionais quanto pela pesquisa. Existe uma narrativa bastante interessante que conta como surgui o primeiro pequizeiro.

Foi assim...

Conta a lenda que quando o último  quilombo foi encontrado, houve uma enorme matança de crianças, jovens e velhos. Aqueles que conseguiram fugir, foram implacavelmente perseguidos e sumariamente executados.
Naquela noite, somente uma jovem escrava grávida conseguiu furar o cerco, escapando da chacina, tomando rumo ignorado pelo serrado.
Ela andou dias e noites sem comer, sem beber e sem dormir vindo a falecer sob a sombra de uma frondosa árvore de galhos fortes, fartos de folhas, porém estéril.
O corpo esquálido e jazido daquela mulher se decompôs, transformou-se em húmus e sal da terra, fazendo-se fertilidade àquela árvore.
Desde então, flores da cor do sol brotavam naquele tronco robusto, transformando em frutos redondos e verdes, de segurar com as duas mãos. Frutos estes quando partidos, revelava uma polpa amarelo ouro, em forma de embrião, com aroma indizível e inconfundível paladar.
Assim, os nativos do cerrado deram o nome a este fruto de pequi.
Hoje, conhecidos por pequizeiros todas as árvores mães que geram estes frutos em abundância, garantido sustâncias a quem tem fome e sede, descanso a quem tanto trabalha, restaura a virilidade dos homens e dá vida longa às mulheres que um dia deram a luz.






Bibliografia:

Site: Foi desse jeito que eu ouvi dizer...

Grupo:
Bárbara Matos
Gustavo Dessoti
Flaviana Martins
Mariana Baptista
Viviane Goulart


Curiosidades: Sobre um pequi sem espinhos no caroço!

CURIOSIDADES:

Pequi (Caryocar Brasiliense Camb.): informações preliminares sobre um pequi sem espinhos no caroço:
É relatado o achado de uma planta de pequi (Caryocar brasiliense Cambi) no Norte de Mato Grosso, sem espinhos no caroço.
Em Minas, São Paulo, norte do Paraná, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, sull da Bahia, sul do Pará, sul do Maranhão, em todas as regiões de Cerrado, a espécie comum é a Caryocar brasiliense Camb. Os pequis florescem, na Amazônia, de agosto a dezembro e frutificam de novembro a março. Observamos que um conjunto de plantas do cerrado de Uberlândia floriu de 2 de abril de 2005 até 6 de maio de 2006.
Em todos os cerrados por que passamos, em época da floração, é comum que caçadores venham das 4 às 6 horas da manhã vigiar os pequizeiros em flor que as derrubam às centenas e atraem veados, pacas, cotias, porcos-espinho, capivaras, que têm especial predileção por elas. Isso é confirmado por Almeida et al. (1994). A produção é muito variável. A planta que produz pequi sem espinho no caroço que encontramos, produziu ao redor de 500 frutos em 2004 e apenas 30 em 2005. Gribel (1986) constatou que 3% dos ovários de C. brasiliense se desenvolveram, mas apenas 1% chegou até semente. Morcegos são os grandes polinizadores. O mesmo autor informou que a dispersão dos frutos é realizada por gambás (Didelphis albiventris) e por uma gralha (Cyanocorax cristatelus). 
O pequizeiro também é considerado árvore ornamental devido ao seu porte e à beleza das flores, que atraem beija-flores e diversas espécies de abelhas durante o dia. Todavia seus principais polinizadores são os morcegos e mariposas noturnas. As folhas do pequi são usadas em Minas e Goiás na alimentação do gado bovino, caprino, ovino e, em alguns lugares, das galinhas.
Collevatti et al. (2003) estudaram 10 populações de Caryocar brasiliense e concluíram que múltiplas linhagens foram necessárias para dar origem às populações hoje existentes no Cerrado brasileiro. Melo Júnior et al. (2004), em um estudo em 4 lugares, Japonvar, Montes Claros, Francisco Sá e Bocaiúva, que compreendeu 240 plantas, concluíram: a) que houve um fluxo gênico muito grande, que atribuiu à polinização ser feita especialmente por morcegos que voam a longas distâncias.



DESCOBERTA PARA A CIÊNCIA DO PEQUI SEM ESPINHOS NO CAROÇO.
No começo de outubro de 2004, um dos autores, Warwick Estevam Kerr, conversando sobre melhoramento de plantas com o Sr. Hélio do Carmo da Conceição (fazendeiro, Prefeito de São José do Xingu), que estava em Uberlândia tratando-se de câncer, informou-o de que, no norte do Tocantins, havia um fruticultor, Sr. Bdijai Tchucarramae, que possuía uma plantação com mais de 300 plantas de pequi, sendo que uma dessas plantas apresentava frutos sem espinhos no caroço (Figuras 1 e 2). Imediatamente, mediante suas indicações, organizamos uma mini-expedição para aquela região chefiada por outro dos autores, o Técnico Agrícola Francisco Raimundo da Silva. Conseguimos fundos do CNPq, condução da UFU, e no dia 07-11-04, na Caminhonete Mitsubshi da UFU e, dois motoristas saíram em direção a São José do Xingu com a finalidade de coletar sementes do pequizeiro em pauta. Lá chegando, o Técnico Francisco Raimundo da Silva tornou-se amigo do Sr. Bdijai Tchucarramae e conseguiu adquirir 9 sementes, e trazer alguns galhos. Das 9 sementes 7 germinaram. No mês de dezembro de 2005, uma nossa segunda expedição deslocou-se novamente até São José do Xingu e, dessa vez, o Técnico Francisco Raimundo da Silva conseguiu trazer 3 sementes e 15 galhos para tentar pagamento por estaquia. Como o pagamento foi zero, conseguimos fundos para enviar o Técnico Francisco Raimundo da Silva a Goiânia, por 6 dias, a fim de especializar-se na enxertia de pequizeiro. Fez 6 enxertos, dos quais 4 pegaram. Assim, o fato de se ter encontrado uma planta que produz frutos com caroços sem espinhos e uma boa técnica de propagação, tornou-se uma esperança para, dentro de 4 a 8 anos, termos boa distribuição de mudas de pequi sem espinho no caroço. Também essa mutação tem todas as características para transformar o pequi numa fruta de mercado, tanto para as populações pobres como para mercados regulares de frutas nacionais e estrangeiras. Isso não somente melhorará o pequi para maior consumo, como também se poderá indicá-lo para plantio em pomares caseiros, aproveitando a alta apreciação que já possui. Todas as vezes que informamos que estamos trabalhando com "pequi sem espinho no caroço", obtemos imediata atenção e procura por sementes e mudas desse mutante. Todos que experimentaram os caroços carnudos, acharam-nos um pouco mais doces que os comuns e muito melhores devido à falta de espinhos.




Bibliografia: 

Revista Brasileira de Fruticultura

Print version ISSN 0100-2945

Rev. Bras. Frutic. vol.29 no.1 Jaboticabal Apr. 2007

COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA GENÉTICA E MELHORAMENTO DE PLANTAS




Grupo:

Bárbara Matos
Gustavo Dessotti
Flaviana Martins
Mariana Baptista
Viviane Goulart


Pequi – Caryocar brasiliense Camb

Nosso grupo tem como objetivo dentro do tema do cerrado, mostrar frutas típicas e animais que fazem parte da fauna do cerrado. Selecionamos o Pequi que é abundante e bastante chamativo como exemplo de fruto. O Pequi é fonte de alimento de vários vertebrados do cerrado, e também polinizado por alguns. Vamos dar enfoque (nas próximas postagens) ao morcego que é o mais completo deles quanto a estudo de comportamento, alimentação e ciclo de vida.
Começaremos então nessa postagem especificações do Pequi, e posteriormente uma viagem sobre curiosidades, e histórias lendárias do fruto. Vamos Nessa?


Pequi – Caryocar brasiliense Camb.
Nomes populares: pequi, piqui, grão-de-cavalo, amêndoa-de-espinho, piquiá-bravo, pequiá, pequiá-pedra, pequerim, suari e piquiá. Nome científico: Caryocar brasiliense Camb.

O pequizeiro é uma planta típica do Cerrado, que consiste num bioma de grande variedade de sistemas ecológicos, tipos de solo, clima, relevo e altitude, e com uma vegetação caracterizada por coberturas rasteiras, arbustos, árvores esparsas e tortuosas, de casca grossa, folhas largas e raízes profundas, formando desde paisagens campestres a florestas.

Com uma vida útil estimada de aproximadamente 50 anos, o pequizeiro atinge até 10 m de altura. Sua fase reprodutiva inicia-se a partir do oitavo ano, com floração ocorrendo normalmente entre os meses de setembro a novembro.
A frutificação acontece de outubro a fevereiro, produzindo frutos por 20 a 40 dias em média, com produção variável podendo chegar a 1000 frutos por pé.




Calendário de Frutificação

O fruto do pequizeiro apresenta gosto inconfundível tendo seu nome ligado às suas características botânicas, e etimologicamente ligado à língua tupi: py = casca e qui = espinho (Simões, 2005).
Contém normalmente entre 1 a 4 caroços, cientificamente chamados de putâmens. No Norte de Minas Gerais já foram encontrados frutos contendo até 7 caroços.
O caroço é composto por um endocarpo lenhoso com inúmeros espinhos, contendo internamente a semente, ou castanha, e envolto por uma polpa de coloração amarela intensa, carnosa e com alto teor de óleo.


Uma das maiores virtudes do Cerrado brasileiro é a diversidade biológica deste bioma, representado por uma série de espécies vegetais que produzem frutos utilizados na alimentação humana, podendo-se destacar o pequi. Espécies medicinais e outras plantas úteis vêm sendo largamente utilizadas no cotidiano da população local, constituindo uma reserva farmacológica, nutricional e utilitária de riqueza inigualável para os povos das regiões ocupadas pelo Cerrado (Simões, 2005).
Assim como numerosos e exuberantes estames em sua flor, múltiplos são as formas de uso e significado do pequi para esses povos.
Elemento de base da cultura alimentar de várias regiões brasileiras, o fruto do pequi, compõe receitas tradicionais, como o Arroz com Pequi, Galinhada, alguns doces, licores, sorvetes, caracterizando fortemente, junto a outras especiarias, o bouquet de sabores das culinárias regionais aonde ele se encontra.
Popularmente, seu uso fitoterápico é apontado em diversos tratamentos, pelo uso do seu óleo, flores e folhas.
Extrativismo
Ao associar a coleta do pequi a uma atividade produtiva em cadeia, com expansão do consumo além do uso próprio ou familiar, origina-se também um problema de desequilíbrio ecológico, principalmente relacionado ao ciclo de reprodução do pequizeiro e dos ecossistemas circunvizinhos à planta e à área de coleta.
O pequizeiro, gera seus frutos  e consequentemente suas sementes  em número suficiente e necessário para que suas características genéticas sejam prospectadas naturalmente em seu meio, e aonde mais essas sementes alcançarem.
A coleta indiscriminada dos frutos, sem controle da quantidade coletada, ou da forma como isso é feito, afeta diretamente a produtividade e a diversidade natural da população de pequizeiros presentes numa certa região, além de prejudicar a relação destas árvores com insetos, animais maiores, plantas, e outras formas de vida que com as quais elas interagem diretamente, causando um desequilíbrio ambiental em maior escala.
Algumas recomendações de boas práticas de coleta do pequi são:
·         Não derrubar o fruto da árvore, muito menos utilizar varas ou qualquer outro instrumento para isso;
·         Coletar somente os frutos caídos naturalmente. Estes, sim, estão no ponto de consumo;
·     Não devastar a cobertura vegetal debaixo e ao redor da planta; existem outros seres em convivência natural com ela, que dependem dessa cobertura;
·         Coletar frutos sadios, e deixar os frutos rachados ou abertos como reserva natural, para reprodução da planta e alimentação animal; se houver somente frutos sadios, deixe assim mesmo uma certa quantidade de reserva. A recompensa futura será muito maior;

·     Somente leve os frutos. Não deixe nada que não pertença ao ambiente, como sacos plásticos não utilizados e outros tipos de lixo.



Bibliografia:


Grupo:
Bárbara Matos
Flaviana Martins
Gustavo Dessotti
Mariana Baptista
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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Projeto de Teatro – Cerrado

          Neste semestre 2013.2 para a disciplina Estudo e Desenvolvimento de Projetos IV, ficamos incumbidos de criar alguma ferramenta ou estratégia de aprendizagem que envolva as disciplinas específicas do período: Diversidade de Vertebrados, Sistemática Vegetal e Ecologia Geral.
          Buscando fazer essa abordagem de forma descontraída e que chamasse a atenção de alunos das séries finais do Ensino Fundamental, nos inspiramos no clássico desenho animado da Disney "O Rei Leão" para montar uma peça de teatro, mas com dois diferenciais: adaptar os personagens a animais semelhantes, nativos da região e criar nosso enredo, que traga como destaque problemas enfrentados por esses animais e todos os outros elementos do Cerrado, devido à ocupação humana e demais ações antrópicas.
          Nessa primeira postagem traremos um pouco do que já temos sobre alguns dos elementos que escolhemos para nosso teatro.

Cateto (Tayassu tajacu)

Figura 1 - Cateto com sua característica 
faixa branca em volta de seu  pescoço.  
Disponível em: http://revistagloborural.
globo.com/GloboRural/0,6993,
EEC1649493-4530,00.html
          O cateto (Tayassu tajacu) foi o nosso escolhido para representante regional do Pumba (no desenho, um javali). Apesar de muitas vezes chamado de porco-do-mato, não é da mesma família do que os porcos devido a uma série de características, entre elas a presença de uma glândula odorífera na região dorsal, três dígitos na pata posterior, o fígado reduzido, a ausência de vesícula biliar, entre outras. Com ampla distribuição ao longo do continente americano, habita variados ambientes.
          Existe a hipótese de que os catetos se adaptaram para viver em grupos, como uma estratégia para defesa conjunta contra os predadores, já que são presas de grandes carnívoros como onça-pintada (Panthera onca), puma ou suçuarana (Puma concolor), além da caça pelos seres humanos (Homo sapiens). Vivem aproximdamente 25 anos, pesam cerca de 30 quilos e costumam comer frutos, folhas, raízes, podendo eventualmente consumir larvas, insetos ou anfíbios como fonte de proteínas. A gestação dura 150 dias e podem ter de um a quatro filhotes.
          Em nossa pesquisa, curiosamente, encontramos vários sites indicando a sua criação comercial em cativeiro, devidamente legalizado, como uma fonte de renda em ascensão, pois a carne tem se valorizado comercialmente.

Para leitura:

Cuíca Graciosa (Gracilinanus agilis)
         
          A Cuíca foi o animal nativo que acreditamos ser mais parecido com o suricato Timão, do desenho animado. É um mamífero, marsupial (as fêmeas possuem uma bolsa abdominal, o marsúpio para abrigar os filhotes, pois eles nascem prematuros). Mede entre 20 e 25 cm, seu peso varia de 15 a 30 gramas, no adulto.
Figura 2 - Cuica agarrada ao tronco de uma
árvore, local comum para a espécie.
Disponível em: http://www.museudezoologia.
ufv.br/bichodavez/edicao08.htm
          Geralmente está associada a formações florestais típicas do Bioma cerrado, em matas de galeria e floresta de encosta. Vive em tocas ou ninhos feitos em buracos de árvores. Possui um corpo adaptado para este modo de vida, como por exemplo, presença de um polegar opositor nas patas posteriores, para agarrar os galhos das árvores.
          É um animal solitário e possui hábitos noturnos, se alimenta de insetos e frutos. Quando se sente ameaçada, usa diversos mecanismos para se defender, como vocalizar para afastar o predador ou se fingir de morta.
          Em relação a sua reprodução: está ligada à estação de maior pluviosidade, quando há uma maior oferta de alimentos. O período de gestação não passa de 15 dias, em média dá à luz a sete filhotes. Quando nascem, são conduzidos ao marsúpio onde se abrigam até completarem seu desenvolvimento. Após este período, se aderem ao dorso da mãe até se tornarem independentes.
          A Cuíca Graciosa não esta ameaçada de extinção, de acordo com a lista de espécies ameaçadas do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade.

Para leitura:

Suçuarana ou Onça-parda (Puma concolor)
         
          Para o terceiro integrante que será representado com um ator, foi escolhida a Suçuarana, um felino assim como o Leão, do desenho animado, porém de nossa região.
        
Figura 3 - Suçuarana. Disponível em:
http://www.faunacps.cnpm.embrapa.br
/mamifero/onca_p.html

Uma caçadora de espera e emboscada e hábito noturno, a suçuarana possui variadas presas. Pode predar de pequenos roedores a  grandes mamíferos, como capivaras, veados, catetos e répteis. Solitária e territorialista, possui uma ampla distribuição ao longo da América e é o segundo maior felino do continente, sendo a primeira a onça-pintada.   Sua gestação pode levar até 98 dias, gerando até 6 filhotes. Os filhotes nascem pintados, mas no decorrer dos primeiros meses de vida as pintas desaparecem e o pêlo fica uniforme.
          Um detalhe que muito nos chamou a atenção foi o criticado site Wikipédia, que em nossa busca pela internet foi um dos sites com a maior riqueza de detalhes e referências.

Para leitura:


          Este é somente um levantamento prévio, e para a finalização do projeto pretendemos aprofundar nossos estudos nessas espécies e nas novas que abordaremos em nossa pequena peça teatral voltada a alunos da disciplina de Ciências do ensino fundamental.


Alunos:
Fernanda Assis Moraes
Guidson Martins
Luiz Gerônimo Gruppi
Manoela Lelis Leitão